I
No ano mil e oitocentos
E trinta e oito corria
No sertão do Maranhão
A história se recria
A revolta dos balaios
Naquele tempo surgia.
II
Vaqueiros, negros e índios...
Caboclos de lealdade
Até mesmo aristocratas
Lutaram contra a maldade
Gerando uma grande guerra
Em busca de liberdade.
III
Começou em Vila da Manga
Com Raimundo o grande vaqueiro
Depois entraram na luta
Outros valentes guerreiros
Don Bento Cosme das Chagas
E o Balaio desordeiro.
IV
Manoel Francisco dos Anjos
Deu nome a revolução
Por ser fabricante de balaios
Recebeu essa missão
Dando nome aos revoltosos
Todos estes seus irmãos.
V
Atacaram muitas vilas
Os rebeldes corajosos
Em muitos dias de batalhas
Foram então vantajosos
Tomaram a cidade de Caxias
Deixando os praças nervosos.
VI
Entraram em Chapadinha,
Em Brejo e Itapecurú,
Em Tutóia e Miritiba,
Em Morros e Icatú
Até mesmo em São Luís...
São Bernardo e Anapurus.
VII
Quatro anos de peleja
Viveram os rebelados
Incomodaram o governo
Com tiros pra todo lado
E pelo Barão de Caxias
Por fim foram conquistados.
VIII
Com o fim do movimento
Alguns dos refugiados
Em busca de segurança
Vieram pra esses lados
Nas margens do Rio Mocambo
Então ficaram implantados.
IX
Daí nasceu uma vila
Hoje nossa Urbano Santos!
Onde sangue de valentes
Por todos esses recantos
É honrado na memória
Celebrado nesses “cantos”.
X
Assim foi a Balaiada
A maior insurreição
De pessoas que lutaram
Pela valorização
Num tempo muito difícil
No estado do Maranhão.
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