A Guerra da Balaiada completa 180 anos de ocorrência neste ano de 2018. A data relembra a luta daquele povo sofrido que revoltou-se contra a situação de calamidade e exploração em que viviam no século XIX, especialmente os afrodescendentes escravizados, que revoltaram-se e, liderados pelo Negro Cosme, promoveram uma grande insurreição concomitante à Balaiada.
Os eventos ocorrem prioritariamente na "Rota dos Balaios", região nordeste maranhense onde aconteceram os principais eventos da Guerra da Balaiada.
A “Rota dos Balaios” ou, de maneira mais
objetiva, a Região da Balaiada, constitui-se um conceito de territorialidade
que tem como elemento identitário principal a região onde aconteceram os
principais episódios da Guerra da Balaiada (Revolta da Balaiada) no século XIX,
no contexto das Revoltas do Período Regencial, entre o 1º e o 2º reinado.
A região nordeste maranhense, foco principal
da guerra, é entrelaçada por bacias hidrográficas, ecossistemas específicos e
fatores históricos próprios de povoamento.
BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Formada pelas bacias dos rios Munim (Preto,
Munim, Iguará, Mocambo), Itapecuru, Parnaíba e Mearim.
ECOSSISTEMAS
Matas de cocais, mangues litorâneos, lençóis
maranhenses, cerrado.
FATORES
HISTÓRICOS DE POVOAMENTO
Grande incidência de comunidades
remanescentes de quilombos, bem como população predominantemente originária de
migrações dos estados do Piauí e Ceará.
TIPOS
POPULARES
Vaqueiros, agricultores familiares,
populações de assentamentos de reforma agrária, remanescentes de quilombos.
FATOR
RELIGIOSO
Grande incidência de religiões
afro-brasileiras e o culto a Nossa Senhora da Conceição em muitos municípios da
Rota dos Balaios.
Jânio Rocha Ayres
Teles
Fórum Balaiada
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