Um dos questionamentos que sempre escuto quando apresento o Projeto Balaiada nos municípios é: "O que tem de turístico na região da Balaiada?"
As pessoas me perguntam onde estão nossas cachoeiras, nossas montanhas altas, nosso clima frio, nossa produção de vinho, etc.
Não é nada disso!
Há vinte anos atrás quem poderia imaginar que viriam turistas do mundo inteiro para Barreirinhas para ver, nada mais, nada menos, do que "Areia"?! (rsssss)
Da mesma forma eu questionaria o que tem na Amazônia que o turista poderia se interessar? Macacos? Árvores? Rios?
O que teria em Nova Jerusalém, um sertão no meio da região nordeste do Brasil, que tanto atrai os turistas?
E o Vaza-Barris, de Canudos, que nem mesmo os vestígios do movimento estão à mostra o tempo todo, pois a barragem os cobriu de água?
A Farroupilha, no Rio Grande do Sul também não ofereceu nada mais nada menos do que a história de uma guerra que aconteceu no século XIX, no período regencial brasileiro e que esteve à beira da independência de uma parte do país.
Brasil: século XVII |
O que isso tem a ver com a Balaiada? Tudo! Aqui nós tivemos uma guerra tão importante para a História do Brasil que o seu comandante, Luís Alves de Lima e Silva foi chamado de "O Pacificador" e foi condecorado com o título de nobreza de "Duque de Caxias", e eleito o patrono do Exército brasileiro. Isso não foi por qualquer eventozinho. Foi algo que mudou a História de nosso país.
Brasil: século XVIII |
O Maranhão não era simplesmente um estado qualquer. Era, na verdade, o antigo centro do Estado do Maranhão e Grão Pará, uma colônia independente do Brasil e vinculada diretamente à metrópole portuguesa. A vitória da Balaiada poderia significar a divisão do Brasil ao meio, sendo que parte do nordeste e toda a Amazônia ficaria para nós.
Além de tudo isso, quando a celebração da Farroupilha começou no Rio Grande do Sul não haviam atrativos turísticos consolidados há menos de 300 quilômetros, como Barreirinhas, Delta do Parnaíba, Rota das Emoções e as praias e centro histórico de São Luís.
Temos tudo para prosperar no Projeto Balaiada e precisamos acreditar nisso.
Nosso potencial é gigantesco e o retorno social, cultural e financeiro será inestimável.
A Semana da Balaiada, em dezembro, não tem concorrentes em lugar algum do Brasil. Início das férias escolares, finalização das aulas das redes públicas de ensino. Período propício para culminâncias de trabalhos escolares. Alta temporada do turismo, etc.
O Projeto Balaiada tem viabilidade sim. Mostraremos isso durante o ano de 2015 e, em especial, na Semana da Balaiada, de 7 a 13 de dezembro.
IMAGENS:
http://rhistoriandoz.blogspot.com.br/2012/04/texto-7-segundos-anos.html
http://www.fcnoticias.com.br/colonizacao-portuguesa-na-america-resumo/
http://olhonahistoria.blogspot.com.br/2011/10/atividades-de-historia-do-brasil.html
http://www.ub.edu/geocrit/9porto/antonfer.htm
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